Eu era uma mãe perfeita...até me tornar uma
- Tatty Marquesani
- 9 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de jan.
Quando li o título desse livro da autora Paola Guaraná, confesso que não me identifiquei. Eu, ao contrário da autora, tinha muito medo de ser mãe e talvez por isso não tenha criado tantas expectativas sobre a maternidade. O motivo para o tema foi ela ter criado uma expectativa sobre a maternidade desde criança. A autora fala claramente sobre seu desejo desde menina, de se tornar mãe. Aliás, seu sonho era bem claro: mãe de três! Está aí o que me fez ler o livro, pois como alguém que desejava tanto realizar esse sonho, e que realizou, não se achar uma mãe perfeita?! E ao ler cada página do livro, entendi completamente o que a Paola quis dizer.

"A maternidade vem em ondas e, se você bobeia, se afoga! Mas eu já entendi que ninguém consegue cuidar de ninguém debaixo d’água!" - trecho do livro.

A ideia do bebê sorridente, sempre muito alegre em casa, aliás de uma casa sempre limpa e com tudo em seu devido lugar, com a mãe arrumada e sempre preparando algo gostoso para todos comerem foi sempre vista nas telas de cinemas, tv, e obras fictícias. Porém, o nome já diz: ficção. Quando nos tornamos mães, sentimos o que são as noites mal dormidas, as frustrações, o medo, as angústias das mudanças no corpo, no relacionamento, na vida profissional... Aí é que a ficção vai ficando cada vez mais distante. E a autora aborda todos esses assuntos de uma forma bem real e direta. É basicamente seu diário das diversas experiências durante a maternidade, resumida em textos leves e envolventes. Impossível não se identificar.
Expectativas x realidade
Com uma boa rotina do sono, o bebê vai dormir a noite toda logo no início.
Pode ser que isso demore uns 3 a 4 anos para acontecer!
A amamentação é um momento mágico e de pura conexão entre mãe e bebê.
Pode ser dolorosa e por mais que você se esforce e consiga suportar todas as dores, pode acontecer de você nem consiga amamentar no seu peito.
A rotina não será tão diferente do que é hoje. Afinal é só um bebezinho que exige somente poucos cuidados.
Sua rotina jamais será a mesma! Pode ser que seu emprego tenha de ficar de lado por um tempo, afinal, surgirão dúvidas de colocar em creche ou deixar sob os cuidados de alguém um bebê tão indefeso (principalmente após vê-lo contagiado com tantas viroses...).
Li tudo o que poderia sobre como manter a calma. Sei que nada me fará perder o controle com meu filho!
A sobrecarga, o cansaço físico e mental do dia a dia, poderá te deixar sem controle algum dia. Não se culpe, isso é mais comum do que você imagina.
Na obra da Paola é visível em alguns capítulos as frustrações em alguns momentos, da quebra de algumas expectativas, mas como qualquer mãe, entende que apesar de tudo vale cada dor. As dores não são maiores que as alegrias que a maternidade pode nos proporcionar. Por isso o último capítulo do livro é: No fim, é tudo amor.

(imagem do livro)
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